Se não tem mais nada para fazer e não se importa de perder tempo com coisas de nada e outros devaneios.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Indecência
Segundo a OXFAM, uma organização não governamental sediada em Oxfam, Inglaterra, constituida por 13 organizações e mais de 3000 parceiros e que actua em mais de 100 países na busca de soluções para o problema da pobreza e da injustiça, taxar o dinheiro que se encontra depositado em paraísos fiscais daria para acabar duas vezes com a pobreza extrema no mundo.
"O dinheiro perdido equivale a duas vezes o necessário para que cada pessoa no mundo assolado pela pobreza extrema viva acima do limiar de 1,25 dólares por dia", salienta a mesma organização."
"Muitos governos garantem que não têm alternativa ao corte na despesa pública e na ajuda ao desenvolvimento, mas nós encontrámos potencial suficiente na taxação do dinheiro privado que se encontra escondido e que chegaria para eliminar duas vezes a pobreza extrema."
Segundo as contas da OSFAM. só a UE é responsável por dois terços desta riqueza depositada em paraísos fiscais, como Luxemburgo, Andorra e Malta.
No mínimo, isto é indecência.
Será que alguma vez os políticos pensarão mais nas pessoas e menos nos interesses económicos dos grandes grupos.
O Eurofestival dos intereses económicos
Realizou-se no último sábado 18-05-2013 a edição anual do Festival Eurovisão da Canção 2013 ganho pela cantora Emmelie de Forest da Dinamarca.
Há alguns anos atrás, muitos, era este um dos eventos televisivos de maior interesse, da população portuguesa, que não perdia uma edição.
Com o passar dos anos, as pessoas foram perdendo o interesse pelo evento, ao ponto de hoje apenas uma pequena franja da população, talvez aquela que se situa na faixa etária acima dos 50, que se habituou na sua juventude ver o festival, ainda o veja. No meu caso, vi algumas músicas desta edição apenas porque ao fazer zapping, esbarrei no programa, não fosse o caso e nem teria dado por ele.
As razões da perda de interesse, entre muitas, serão talvez os gostos musicais dos jovens de hoje que serão eventualmente diferentes do tipo de música festivaleiro inerente a um festival de música do género, o interesse por outros assuntos, etc., etc. mas aquele me parece o mais evidente, depois de ter assistido a muitos Festivais da Eurovisão e consequentes votações, é que as votações se focam muito mais nos interesses económicos e de relacionamento entre países do que o interesse em premiar uma boa música.
A prova mais que evidente disso, para aqueles mais distraídos e que ainda não terão reparado, se é que até agora alguém ainda não tinha notado, foi a reacção do presidente do Azerbeijão, Ilham Alivey, que exigiu uma investigação aos votos “desaparecidos” dos azeris que votaram na cantora russa Dina Garipova na final do Festival Eurovisão da Canção 2013 pois na votação daquele país não foi atribuído nenhum ponto à canção da Russia.
Ilham Alivey disse mais, disse até que esperava que este incidente, possivelmente provocado por certos lobbies, não ensombrasse as relações fraternas entre os dois países.
Percebe-se bem porque é que Portugal nunca ganhou nenhuma destas edições.
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