quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Eurofestival dos intereses económicos



Realizou-se no último sábado 18-05-2013 a edição anual do Festival Eurovisão da Canção 2013 ganho pela cantora Emmelie de Forest da Dinamarca.

Há alguns anos atrás, muitos, era este um dos eventos televisivos de maior interesse, da população portuguesa, que não perdia uma edição.
Com o passar dos anos, as pessoas foram perdendo o interesse pelo evento, ao ponto de hoje apenas uma pequena franja da população, talvez aquela que se situa na faixa etária acima dos 50, que se habituou na sua juventude ver o festival, ainda o veja. No meu caso, vi algumas músicas desta edição apenas porque ao fazer zapping, esbarrei no programa, não fosse o caso e nem teria dado por ele.
As razões da perda de interesse, entre muitas, serão talvez os gostos musicais dos jovens de hoje que serão eventualmente diferentes do tipo de música festivaleiro inerente a um festival de música do género, o interesse por outros assuntos, etc., etc. mas aquele me parece o mais evidente, depois de ter assistido a muitos Festivais da  Eurovisão e consequentes votações, é que as votações se focam muito mais nos  interesses económicos e de relacionamento entre países do que o interesse em premiar uma boa música.

A prova mais que evidente disso, para aqueles mais distraídos e que ainda não terão reparado, se é que até agora alguém ainda não tinha notado, foi a reacção do presidente do Azerbeijão, Ilham Alivey, que exigiu uma investigação aos votos “desaparecidos” dos azeris que votaram na cantora russa Dina Garipova na final do Festival Eurovisão da Canção 2013 pois na votação daquele país não foi atribuído nenhum ponto à canção da Russia.
Ilham Alivey disse mais, disse até que esperava que este incidente, possivelmente provocado por certos lobbies, não ensombrasse as relações fraternas entre os dois países.

Percebe-se bem porque é que Portugal nunca ganhou nenhuma destas edições.


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