terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Desculpa esfarrapada



Há já algum tempo atrás, já não me lembro bem quanto, os hipermercados onde nós vamos entregar parte do dinheiro que recebemos ao fim do mês, decidiram passar a cobrar pelos saquinhos de plástico onde nós transportamos as coisas que lá compramos.

Em alguns desses hipermercados, existem caixas que ainda dão sacos e outras onde estes têm que ser pagos. Há algumas cadeias desses hipermercados onde foi completamente abolida a prática de dar os ditos sacos e quem os quiser tem que pagar.

Na altura da sua implementação, se bem se lembram, a desculpa foi com o ambiente. Encheram até as superfícies comerciais de cartazes a alertar para a defesa do ambiente e para a sensibilização de reciclar / reutilizar.

Os sacos de plástico são feitos de hidrocarbonetos, recursos esgotáveis do planeta e além disso não se  bio degradam com facilidade, o que provoca efectivamente danos para o ambiente, não o nego.

Então, a bem do ambiente, dever-se-iam reutilizar os ditos saquinhos e assim evitaríamos extracção de recursos do planeta em vão e todos nós beneficiaríamos de um ambiente mais limpo, diziam eles.

Sim senhora, estes tipos não têm só o objectivo de ganhar o máximo de dinheiro possível, têm até preocupações com o ambiente, vejam lá.

Uma ova!

Todos os dias quando vamos a um desses hipermercados onde deixaram de dar qualquer saquinho de plástico, ao passarmos na caixa, lá vem a perguntinha da praxe: "Vai precisar de saco?"

Hoje até me dei ao trabalho de passar na caixa, apenas com duas pequenas coisas para pagar e com o respectivo saco de plástico bem à vista da moça da caixa, e ainda pos cima, o saco era da marca do hipermercado em causa para a moça reparar bem que aquilo era um saco. E sem surpresa lá veio a perguntinha do costume:
- E saco, vai precisar?

Ora, se o objectivo é reutilizar e se eu até já levo o saco á vista para que é que me estão a perguntar se eu preciso de um saco. Se eu quiser um saco peço-o mas eles nunca se esquecem de nos lembrar do saquinho.

Portanto, eles não estão preocupados com o ambiente coisa nenhuma, estão é preocupados em nos levar mais uns cêntimos de cada vez que lá entramos.

Tudo serve para nos levarem até ao último cêntimo e nem se importam de utilizar causas como o ambiente para conseguir isso.  

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Faz o que eu digo e não olhes para o que eu faço





O Banco de Portugal vai festejar o Carnaval

O banco central português diz que a instituição observará a terça-feira de Carnaval, no âmbito das duas convenções laborais em que está inscrito, não podendo assim dizer-se que se trata de uma tolerância de ponto.

Nos termos do artigo 68º do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário e do artigo 52º do Acordo de Empresa do Banco de Portugal, que estabelecem que a instituição deve observar a terça-feira de Carnaval, para além dos feriados obrigatórios nacionais, o banco central comunicou que esses acordos serão respeitados.

“Neste contexto, o Banco de Portugal terá de cumprir as obrigações que decorrem das duas convenções laborais, não se tratando, pois, de uma eventual concessão de ‘tolerância de ponto’”, sublinha o comunicado da instituição liderada por Carlos Costa.

Gestores públicos não podem ganhar mais do que o PM

O Governo vai impedir que os gestores públicos tenham salários superiores aos do primeiro-ministro, mas admite exceções para as empresas com atividade mercantil e que operem em regime de concorrência de mercado.
A CGD, RTP, CTT e a TAP são apenas alguns exemplos de empresas cujo Ministério das Finanças autorizou os gestores a terem remunerações superiores à do primeiro-ministro.

O vencimento mensal será determinado em função de critérios "decorrentes da complexidade" do cargo que irão desempenhar e será acrescido de despesas de representação no valor de 40 por cento do vencimento.

Não só o vencimento se regerá por critérios pouco definidos como ainda têm mais 40 por cento de representações.

Perante o quadro económico que o país atravessa, como é que algum português vai entender que as restrições impostas não são só para alguns. Para os do costume para não variar.

Como é que os investidores, vulgo mercados ou sanguessugas se quiserem, vão acreditar que este país está realmente empenhado em se endireitar economicamente.

Ou a classe dirigente dá o exemplo ou assim não vamos lá!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nem tudo o que parece é



A China está a construir cidades inteiras com milhares de apartamentos e centros comerciais enormes que não servem para nada pois os chineses não têm dinheiro para comprar essas casas e consequentemente essas novas cidades e centros comerciais estão vazios.

Ao que parece os chineses constroem todos estes projectos megalómanos como forma de aumentar PIB e estimular o crescimento económico.
Geram assim um crescimento fictício para enganar o mundo sobre a sua economia.
Esse crescimento económico é artificial pois não há retorno do investimento. Cidades desertas que custaram balúrdios. Construções totalmente inúteis que nunca serão pagas e cujas perdas nunca serão contabilizadas pois como não há eleições, nunca há apuramento de responsabilidades. Ninguém irá apontar o dedo ao governo anterior por estes descalabros.

Gordon G. Chang advogado chinês, há décadas a viver nos EUA, tem alertado para o iminente colapso da China. No seu livro “The Coming Collapse of China”, editado em 2001, Chang prevê que os quatro grandes bancos chineses, todos eles propriedade do Estado e endividados até à medula por satisfazerem os interesses privados da elite comunista, podem ser os grandes causadores da catástrofe que se adivinha naquele país.

Chang afirma que 2% a 3% do crescimento económico chinês são excesso de produção. Produtos que jamais serão consumidos, que de nada servem, mas consomem recursos, dinheiro, tempo e energias que seriam mais bem aplicados noutras actividades.

Tudo isto não teria nenhuma importância  nem constituiria nenhum problema para nós não fosse o caso de a China ser nente momento uma grande potência económica a nível mundial, nem que essa potência económica seja  artificial, e ter interesses económicos em quase todos os países do mundo incluindo Portugal.

A história tem-nos mostrado que estes regimes fechados, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista económico, acabam sempre por colapsar. Uma população oprimida não permanecerá eternamente apática. Mais cedo ou mais tarde reagirá e as consequências são sempre negativas.

Se a china entrar em colapso económico, o que é muito provável que aconteça mais cedo ou mais tarde, imagine-se o estrago que irá provocar a nível mundial.

Veja aqui a reportagem que permitiu dar a conhecer ao mundo mais este eminente colapso financeiro.






Coisas que não deveriam acontecer


Na Grécia já há pais a abandonar os seus filhos como se de crias de animais se tratasse, facto já de si deplorável, quando mais tratando-se de crianças.
Alegando não terem condições para as criar, deixam-nas à porta de igrejas e outras instituições de solidariedade, com bilhetes a pedir desculpa e a implorar que tratem bem delas.

Pode imaginar-se o desespero de um pai ou de uma mãe que se vê obrigado a praticar um acto destes.

Conseguem imaginar-se a ter que fazer uma coisa destas?

Os nossos responsáveis políticos não se cansam de referir que nós não somos a Grécia e que o nosso problema económico não tem a mesma gravidade.

Espero que tenham razão. Espero mesmo!

Concorrência desleal



Segundo a revista Sábado de 02 de Fevereiro de 2010, os operários das fábricas chinesas que produzem os iPads da Apple trabalham em condições sub-humanas. Não têm direito a descanso semanal, dormem em dormitórios apinhados e ficam com as pernas tão inchadas que mal conseguem andar depois de um turno de 24 horas seguidas. 

Segundo o jornal The New York Times, a empresa fundada por Steve Jobs, com sede na Califórnia, nos EUA, já foi alertada para as condições de trabalho dos funcionários que trabalham em Chengdu, uma fábrica no sudoeste da China. Nicholas Ashford, representante do Massachusetts Institute of Technology e especialista em condições de trabalho, diz que se a Apple não actuar sobre este assunto terá de ser “repreendida”. 
“É moralmente repugnante que um país colabore com essas práticas e tire partido disso”, diz.

É com estas condições que os paises europeus e não só, têm que competir.
Foram crescendo economicamente e já se tornaram num polvo gigante que extende agora os seus tentáculos a todos os países europeus, tentando agarrar empresas privadas e públicas que lhes permitam entranhar-se profundamente na economia desses paises, onde nós nos incluimos.
Paulatinamente, estão a tomar conta da economia europeis, aproveitando a dificuldade económica desta velha região do mundo.

Como é que nós conseguimos competir com condições de trabalho como estas?
Teremos nós que adoptar condições de trabalho identicas às da China?

Partindo do principio de que é inaceitável que no século XI existam pessoas a trabalhar naquelas condições, será que isto não é concorrência desleal?