segunda-feira, 2 de abril de 2012

Só para realçar a diferença



Segundo o site da RTP em 02-04-2012, o  Presidente da Hungria demitiu-se depois de ter sido acusado de plágio numa Tese de Doutoramento.

"Uma semana depois de ter perdido o título de doutoramento da Universidade de Semmelweis por alegado plágio, o Presidente da Hungria, Pal Schmitt, anunciou a demissão.


"De acordo com a Constituição húngara, a qual eu assinei, o presidente expressa a unidade da nação", disse ao Parlamento. "A cláusula significa que nesta situação, quando meu problema pessoal divide minha amada nação ao invés de uni-la, é meu dever acabar com meu serviço e renunciar ao meu mandato como presidente", declarou.


Um relatório da Universidade afirma que Pál Schmitt copiou o conteúdo de 180 das 215 páginas da tese académica sobre desporto. Os partidos da Oposição pediram a renúncia imediata do Presidente, que assumiu o cargo em 2010. O antigo campeão olímpico de esgrima já respondeu que a tese de doutoramento nada tem a ver com o motivo que o levou à Presidência da Hungria."

Há (havia) por cá políticos que deveriam olhar para este exemplo, tirar ilações e pelo menos pedir desculpas, uma vez que já não vão a tempo de seguir o exemplo.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Desculpa esfarrapada



Há já algum tempo atrás, já não me lembro bem quanto, os hipermercados onde nós vamos entregar parte do dinheiro que recebemos ao fim do mês, decidiram passar a cobrar pelos saquinhos de plástico onde nós transportamos as coisas que lá compramos.

Em alguns desses hipermercados, existem caixas que ainda dão sacos e outras onde estes têm que ser pagos. Há algumas cadeias desses hipermercados onde foi completamente abolida a prática de dar os ditos sacos e quem os quiser tem que pagar.

Na altura da sua implementação, se bem se lembram, a desculpa foi com o ambiente. Encheram até as superfícies comerciais de cartazes a alertar para a defesa do ambiente e para a sensibilização de reciclar / reutilizar.

Os sacos de plástico são feitos de hidrocarbonetos, recursos esgotáveis do planeta e além disso não se  bio degradam com facilidade, o que provoca efectivamente danos para o ambiente, não o nego.

Então, a bem do ambiente, dever-se-iam reutilizar os ditos saquinhos e assim evitaríamos extracção de recursos do planeta em vão e todos nós beneficiaríamos de um ambiente mais limpo, diziam eles.

Sim senhora, estes tipos não têm só o objectivo de ganhar o máximo de dinheiro possível, têm até preocupações com o ambiente, vejam lá.

Uma ova!

Todos os dias quando vamos a um desses hipermercados onde deixaram de dar qualquer saquinho de plástico, ao passarmos na caixa, lá vem a perguntinha da praxe: "Vai precisar de saco?"

Hoje até me dei ao trabalho de passar na caixa, apenas com duas pequenas coisas para pagar e com o respectivo saco de plástico bem à vista da moça da caixa, e ainda pos cima, o saco era da marca do hipermercado em causa para a moça reparar bem que aquilo era um saco. E sem surpresa lá veio a perguntinha do costume:
- E saco, vai precisar?

Ora, se o objectivo é reutilizar e se eu até já levo o saco á vista para que é que me estão a perguntar se eu preciso de um saco. Se eu quiser um saco peço-o mas eles nunca se esquecem de nos lembrar do saquinho.

Portanto, eles não estão preocupados com o ambiente coisa nenhuma, estão é preocupados em nos levar mais uns cêntimos de cada vez que lá entramos.

Tudo serve para nos levarem até ao último cêntimo e nem se importam de utilizar causas como o ambiente para conseguir isso.  

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Faz o que eu digo e não olhes para o que eu faço





O Banco de Portugal vai festejar o Carnaval

O banco central português diz que a instituição observará a terça-feira de Carnaval, no âmbito das duas convenções laborais em que está inscrito, não podendo assim dizer-se que se trata de uma tolerância de ponto.

Nos termos do artigo 68º do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário e do artigo 52º do Acordo de Empresa do Banco de Portugal, que estabelecem que a instituição deve observar a terça-feira de Carnaval, para além dos feriados obrigatórios nacionais, o banco central comunicou que esses acordos serão respeitados.

“Neste contexto, o Banco de Portugal terá de cumprir as obrigações que decorrem das duas convenções laborais, não se tratando, pois, de uma eventual concessão de ‘tolerância de ponto’”, sublinha o comunicado da instituição liderada por Carlos Costa.

Gestores públicos não podem ganhar mais do que o PM

O Governo vai impedir que os gestores públicos tenham salários superiores aos do primeiro-ministro, mas admite exceções para as empresas com atividade mercantil e que operem em regime de concorrência de mercado.
A CGD, RTP, CTT e a TAP são apenas alguns exemplos de empresas cujo Ministério das Finanças autorizou os gestores a terem remunerações superiores à do primeiro-ministro.

O vencimento mensal será determinado em função de critérios "decorrentes da complexidade" do cargo que irão desempenhar e será acrescido de despesas de representação no valor de 40 por cento do vencimento.

Não só o vencimento se regerá por critérios pouco definidos como ainda têm mais 40 por cento de representações.

Perante o quadro económico que o país atravessa, como é que algum português vai entender que as restrições impostas não são só para alguns. Para os do costume para não variar.

Como é que os investidores, vulgo mercados ou sanguessugas se quiserem, vão acreditar que este país está realmente empenhado em se endireitar economicamente.

Ou a classe dirigente dá o exemplo ou assim não vamos lá!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nem tudo o que parece é



A China está a construir cidades inteiras com milhares de apartamentos e centros comerciais enormes que não servem para nada pois os chineses não têm dinheiro para comprar essas casas e consequentemente essas novas cidades e centros comerciais estão vazios.

Ao que parece os chineses constroem todos estes projectos megalómanos como forma de aumentar PIB e estimular o crescimento económico.
Geram assim um crescimento fictício para enganar o mundo sobre a sua economia.
Esse crescimento económico é artificial pois não há retorno do investimento. Cidades desertas que custaram balúrdios. Construções totalmente inúteis que nunca serão pagas e cujas perdas nunca serão contabilizadas pois como não há eleições, nunca há apuramento de responsabilidades. Ninguém irá apontar o dedo ao governo anterior por estes descalabros.

Gordon G. Chang advogado chinês, há décadas a viver nos EUA, tem alertado para o iminente colapso da China. No seu livro “The Coming Collapse of China”, editado em 2001, Chang prevê que os quatro grandes bancos chineses, todos eles propriedade do Estado e endividados até à medula por satisfazerem os interesses privados da elite comunista, podem ser os grandes causadores da catástrofe que se adivinha naquele país.

Chang afirma que 2% a 3% do crescimento económico chinês são excesso de produção. Produtos que jamais serão consumidos, que de nada servem, mas consomem recursos, dinheiro, tempo e energias que seriam mais bem aplicados noutras actividades.

Tudo isto não teria nenhuma importância  nem constituiria nenhum problema para nós não fosse o caso de a China ser nente momento uma grande potência económica a nível mundial, nem que essa potência económica seja  artificial, e ter interesses económicos em quase todos os países do mundo incluindo Portugal.

A história tem-nos mostrado que estes regimes fechados, quer do ponto de vista político quer do ponto de vista económico, acabam sempre por colapsar. Uma população oprimida não permanecerá eternamente apática. Mais cedo ou mais tarde reagirá e as consequências são sempre negativas.

Se a china entrar em colapso económico, o que é muito provável que aconteça mais cedo ou mais tarde, imagine-se o estrago que irá provocar a nível mundial.

Veja aqui a reportagem que permitiu dar a conhecer ao mundo mais este eminente colapso financeiro.






Coisas que não deveriam acontecer


Na Grécia já há pais a abandonar os seus filhos como se de crias de animais se tratasse, facto já de si deplorável, quando mais tratando-se de crianças.
Alegando não terem condições para as criar, deixam-nas à porta de igrejas e outras instituições de solidariedade, com bilhetes a pedir desculpa e a implorar que tratem bem delas.

Pode imaginar-se o desespero de um pai ou de uma mãe que se vê obrigado a praticar um acto destes.

Conseguem imaginar-se a ter que fazer uma coisa destas?

Os nossos responsáveis políticos não se cansam de referir que nós não somos a Grécia e que o nosso problema económico não tem a mesma gravidade.

Espero que tenham razão. Espero mesmo!

Concorrência desleal



Segundo a revista Sábado de 02 de Fevereiro de 2010, os operários das fábricas chinesas que produzem os iPads da Apple trabalham em condições sub-humanas. Não têm direito a descanso semanal, dormem em dormitórios apinhados e ficam com as pernas tão inchadas que mal conseguem andar depois de um turno de 24 horas seguidas. 

Segundo o jornal The New York Times, a empresa fundada por Steve Jobs, com sede na Califórnia, nos EUA, já foi alertada para as condições de trabalho dos funcionários que trabalham em Chengdu, uma fábrica no sudoeste da China. Nicholas Ashford, representante do Massachusetts Institute of Technology e especialista em condições de trabalho, diz que se a Apple não actuar sobre este assunto terá de ser “repreendida”. 
“É moralmente repugnante que um país colabore com essas práticas e tire partido disso”, diz.

É com estas condições que os paises europeus e não só, têm que competir.
Foram crescendo economicamente e já se tornaram num polvo gigante que extende agora os seus tentáculos a todos os países europeus, tentando agarrar empresas privadas e públicas que lhes permitam entranhar-se profundamente na economia desses paises, onde nós nos incluimos.
Paulatinamente, estão a tomar conta da economia europeis, aproveitando a dificuldade económica desta velha região do mundo.

Como é que nós conseguimos competir com condições de trabalho como estas?
Teremos nós que adoptar condições de trabalho identicas às da China?

Partindo do principio de que é inaceitável que no século XI existam pessoas a trabalhar naquelas condições, será que isto não é concorrência desleal?





quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

L'enfant terrible da Europa


Nigel Farrage,  do partido inglês UKIP (UK Independence Party) e Co-Vice-Presidente da EFD (Europe of Freedom and Democracy, um grupo político euroceptico), é também uma espécie de enfant terrible no Parlamento Europeu. Enquadra-se naquele grupo de políticos populistas que dizem o que lhes vem à cabeça e já poucos os levam a sério. Uma espécie igual a alguns que temos por cá no nosso parlamento.
Ontem resolveu fazer um discurso polémico, mais um, atacando os (ir)responsáveis da Comissão Europeia de serem os responsáveis pela situação económica que a Europa atravessa e acusando-os ainda de nem sequer terem sido eleitos democraticamente para o cargo que ocupam, deixando Durão Barroso visivelmente embaraçado, ao ponto de este disfarçar que procura qualquer coisa entre os papeis (aquele monte de papeis parece que sempre tem alguma utilidade) e nem sequer tem a coragem de levantar a cabeça.
São conhecidos os seus discursos polémicos, nomeadamente os ataques a Durão Barroso, pelo que não se estranha mais este mas nunca é de mais ouvi-lo. Até porque este género de políticos apesar de polémicos e até um pouco ousados, para não lhes chamar descarados, ensaiam discursos populistas para eleitorado ouvir mas muitas vezes dizem algumas verdades, verdades que muitos têm vontade de dizer mas pela responsabilidade política que têm ou pela que esperam ter, não lhes convém dizer.

"E agora estamos a viver numa Europa dominada pela Alemanha, e evitar isso foi o principal objectivo da criação do projecto europeu"

Para além de verdadeiro, não deixa até de ser irónico.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O Pitinho Piu e a noiva do Garay



O Pitinho Piu

O que é que têm em comum a música do Pitinho Piu e a noiva do jogador do Benfica Ezequiel Garay? Aparentemente nada, a não ser por uma associação ocasional e disparatada na minha cabeça.

Quantas vezes não vos aconteceu já lembrarem-se de qualquer coisa e em simultâneo surgir-vos na memória outro assunto sem nenhuma relação e sem perceberem porque raio se foram lembrar daquilo naquele momento. O nosso cérebro guarda muitas vezes associações sem nós nos apercebermos disso nem que tenhamos intencionalmente feito essa associação.

A coisa passou-se do seguinte modo. Estava eu na fila para abastecer o carro e a ouvir o programa "Café da Manhã" da RFM, apresentado pelos sempre divertidos José Coimbra e Carla Rocha quando, a propósito de um estudo sobre os portugueses estarem cada vês a sorrir menos, também pudera, passaram uma música engraçada chamada, julgo eu, O Pitinho Piu, à qual eu achei piada e que me ficou na cabeça.

Logo após o excerto da música falaram de uma tal  Tamara Gorro, noiva do jogador do Benfica Ezequel Garay, que não sorria muito mas que o jogador tinha razões de sobra para sorrir, numa alusão obvia ao facto de tê-la como namorada.
Também pudera, com um pitinho daqueles.
- Não, não estou a falar do Pitinho Piu.

Com tempo para devaneios mentais, pois encontrava-me numa longa fila para abastecer. É no que dá a crise, temos que ficar tempos sem fim à espera na bomba do hipermercado para ver se poupamos alguns tostões, perdão cêntimos (isto já deve ser da saudade do escudo), fiquei a pensar na música e na namorada do Garay.
Na música porque a achei engraçada e porque me ficou no ouvido, ainda me ri sozinho por causa dela. Na namorada do jogador do Benfica, vá-se lá saber porquê, deve ter sido por já estarmos em primeiro lugar no campeonato.

Depois de uma espera interminável, lá consegui abastecer e sair dali. Assim que me sentei em frente ao computador, googlei a palavra "noiva do garay" e zás não faltaram logo sites a mostrarem a divindade.  Maravilhoso Google, com ele temos o mundo na nossa mão. Após ter satisfeito a minha curiosidade em relação ao aspecto da rapariga, confirmando os locutores da rádio, de que o jogador em causa tinha mais que razões para sorrir, dei um pulo ao Youtube e não foi preciso muito esforço para encontrar a tal musiquinha do Pitinho Piu. O Youtube é outra das maravilhas da era digital. Aliás, se houvesse também um concurso para eleger as sete maravilhas da era digital, o Google e o Youtube ganhariam um lugar entre as sete de certeza.

Porque é que eu perdi tempo com devaneios destes? Provavelmente porque como já referi estava à espera de abastecer e sem nada mais para ocupar a mente, fui pensando no Pitinho Piu e na noiva do Garay e os dois assuntos ficaram-me na cabeça associados, talvez por terem sido transmitidos um logo após o outro. Quando me lembrava de um, o outro aparecia logo de seguida.

Porque é que pesquisei primeiro pela noiva do Garay e depois pela musiquinha? Pura coincidência, só pode!





quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A ratoeira da Europa



Mais uma vez a respeito da crise por que estão a passar alguns países europeus, nomeadamente Irlandeses, portugueses, gregos, espanhóis e italianos, os países mais ricos da Europa, assobiam para o lado e alguns até nos chamam de pigs.
Nós que nos desenrasquemos que eles não têm nada a ver com isso, pensam eles, como se ao financiarem-nos com dinheiro da Comunidade Europeia, dinheiro que já sabiam que teria que ser pago (não todo mas a maior parte, nem tudo era a fundo perdido), e matando a nossa economia, limitando-a com cotas de mercado, para terem para onde escoar as suas produções, não soubessem de antemão que assim nós teríamos poucas condições de pagar o que nos foi emprestado.

Será que todos aqueles economistas da cee que tudo sabem, não previam esta situação?
Se calhar até previram, mas como lhes dava jeito...

Qual Plano Marshall, que só existiu porque a América estava cheia de produtos para vender e não tinha a quem pois a Europa, saída da guerra e devastada económicamente, não tinha possibilidades de comprá-los.

Então, toma lá uns trocos para teres dinheiro para comprar o que eu preciso vender.

Toda esta história pode muito bem ser representada pela fábula que se segue:

LIÇÃO DO RATINHO.

"Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e a sua esposa a abrirem um pacote.
 O rato pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!

A galinha disse:
 - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até ao porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

 - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações...

 O rato dirigiu-se à vaca. E esta disse:
- O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, pois não tinha arranjado ajuda para enfrentar a ratoeira e sozinho não tinha forma de resolver o problema.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira a apanhar a sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que haviam apanhado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira tinha apanhado a cauda de uma cobra venenosa, e a cobra picou a mulher... 

O fazendeiro levou a esposa imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou no seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, (matou a galinha).

Como a doença da mulher continuava, os amigos, vizinhos e familiares, vieram visitá-la...
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

 Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo."

Moral da História:

 Na próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de um problema e pensar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. 
O problema de um, é um problema de todos!

Primeiro foi a Grécia,  e a Europa a assobiar para o lado.
Depois a Irlanda,   e a Europa a assobiar para o lado.
Depois Portugal,  e a Europa a assobiar para o lado.
A Itália já foi picada pela cobra ,  e a Europa a assobiar para o lado.
Espanha também já não escapa à ratoeira,  e a Europa a assobiar para o lado.

Quando a crise se espalhar a meia Europa eu quero ver a quem é que os Alemães, Franceses e outros, vão vender os automóveis, os electrodomésticos etc.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A TROIKA


Imagem "gamada" do site sorisomail.com





Herois do nosso tempo...


"Sócrates, Cavaco, Passos Coelho, António José Seguro e o que por aí
chamam troika fizeram o nosso ano de 2011. Farão o de 2012?

José Sócrates - O que admira neste homem é ele ter chegado a chefe de
um grande partido e a primeiro-ministro. Tudo o resto se explica: a
ignorância, a irresponsabilidade, o autoritarismo e a noção de que a
política era uma forma de teatro. Mesmo assim, ganhou a confiança de
gente que devia saber mais e os portugueses só correram com ele no
último momento. Irá com certeza ficar como o emblema da decadência do
regime.

Cavaco - Depois de um primeiro mandato que se distinguiu pela
patriótica ambição de ganhar um segundo, no fim Cavaco lá ganhou.
Entretanto, para não perder um voto, evitou prevenir o país do estado
em que de facto estava e da catástrofe que lhe preparavam. Continua a
ser o que sempre foi: um discípulo menor de Marcelo Caetano, com uma
vaguíssima inclinação para a social- democracia. Num aperto, não se
pode contar com ele.

Pedro Passos Coelho - Simpático, bem-intencionado, relativamente
instruído e muito bom aluno, tenta cumprir o programa da troika, que
de resto recebeu de fora e a situação não lhe permite alterar. Mas, no
meio disto, até agora não mostrou que tinha a sombra de uma ideia
própria e do destino que pretendia dar a Portugal. Alguma retórica
"liberalizadora", ainda por cima obscura e ambígua, como a do discurso
de Ano Novo (ou de Natal), não chega para convencer ninguém. Os
portugueses continuam brandamente a acreditar nele. Sem grande
confiança.

António José Seguro - Veio do nada, não fez nada, vai voltar para o
nada. Perfeito produto de uma escola partidária (no caso, a do PS),
não merece mais. Hoje mesmo é difícil ouvir com atenção as vacuidades,
que ele provavelmente toma por pensamento político.

Troika - Apareceram por aqui uns funcionários, que não conhecem
Portugal e não falam português. Mas que por inspiração doutrinária já
traziam a receita para nos reformar. Que o país não seja exactamente o
que eles pensam, nem reaja exactamente como eles querem, nunca
certamente lhes passou pela cabeça. Livros são livros e o que vem nos
livros vale muito mais do que a realidade. Se as coisas se estragarem,
paciência. Eles não se importam. Há no mundo outras freguesias para
irem pregar. Esta é a "Europa" onde nos meteram."

Vasco Pulido Valente, jornal "O Público", 31-12-2011








16 e 17 de janeiro não há dinheiro!

http://fusivelativo.blogspot.com/2012/01/16-e-17-de-janeiro-nao-ha-dinheiro.html

domingo, 1 de janeiro de 2012

Et voilá




Et voilá. Eis-nos chegados a 2012.

2011 já lá vai e nem vale a pena fazer qualquer balanço porque o trabalho que dá não paga a azia e má disposição posteriores.

O que importa agora é olhar para a frente e esperar que o ano que agora começa traga alguma esperança para todos nós mas principalmente para aqueles, e serão muitos certamente, que não têm emprego, vivem com dificuldade e fazem das tripas coração para ter comida na mesa, dinheiro para a educação dos filhos, acesso à saúde etc.

O meu eu mais pessimista, acha que a coisa irá piorar, e talvez muito, que iremos ter um ano péssimo, para não lhe chamar um ano de cão em 2012. O lado mais optimista, acha que talvez não, que é preciso ter esperança e paciência, e que com algum sacricício, é certo, conseguiremos ultrapassar mais esta privação e que depois da tempestade vem sempre a bonança.

Tenho portanto neste momento dentro de mim uma dualidade de sentimentes em permanente conflito que não sei quando irá ficar resolvida mas desconfio que não será nos tempos mais próximos.

Demore muito ou pouco tempo, para bem de todos nós (retiro daquí os especuladores, e os chico-espertos que se aproveitam sempre das dificuldades dos outro), espero que vença o lado optimista.

Bom ano de 2012.



PS. Como já devem ter reparado pela fotografia da bike no meu perfil, eu gosto de BTT e de todos os desportos que incluam bicicletas.

Por causa dessa mania de biker, estou há dois meses de baixa com uma clavícula partida. A clavícula é o símbolo de pureza do ciclista, quem nunca partiu é virgem. Vou começar a trabalhar amanhã mas ainda  dispensado de esforços.

Acabou-se a boa vida! Logo agora que já me estava a habituar ao far niente tanto do agrado dos portugueses.

Para aqueles que já me estão a chamar maluco, vejam este link. Comparado com eles sou um menino de triciclo.


E o maluco sou eu!?